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3.
Artículo en Portugués | LILACS | ID: biblio-1254753

RESUMEN

Recentes estudos indicaram que o forame oval patente (FOP) pode ser responsável pelo acidente vascular cerebral criptogênico (AVC) em pacientes jovens que apresentam condições anatômicas favoráveis a essa anomalia e que a oclusão transcateter reduz a incidência do acidente vascular cerebral quando comparada ao tratamento clínico. A injeção de soro agitado durante o estudo ecocardiográfico, associada à manobra de Valsalva, pode evidenciar shunt direita-esquerda com alta sensibilidade (89%) e especificidade (92%) quando se utiliza o ecocardiograma transesofágico. Avaliando as características clínicas de pacientes com acidente vascular cerebral e forame oval patente, o trial Risk of Paradoxical Embolism, conhecido pela sigla RoPE, (Risk of Paradoxical Embolism) estabeleceu um escore de risco para acidente vascular cerebral criptogênico e, por meio de um modelo de regressão multivariada, identificou seis variáveis: idade, presença de isquemia cortical, diabetes, hipertensão, AVC e acidente isquêmico transitório prévio. Os escores mais elevados foram observados em jovens com AVC e sem fatores de risco vascular e os escores mais baixos em idosos com fatores de risco vascular, de modo que o forame oval patente sugere ser acidental. Condições anatômicas do FOP predispõem à embolia sistêmica (separação do FOP > 2 mm; túnel do FOP > 10 mm; ângulo entre a veia cava inferior e o flap do FOP <10°; intensidade do shunt com manobra de Valsalva; presença de aneurisma do septo interatrial e rede de Chiari ou válvula de Eustáquio proeminente). O fechamento do FOP pode prevenir a embolia paradoxal, reduzindo a incidência de acidente vascular cerebral em pacientes considerados com de risco elevado. A relação entre Acidente Vascular Cerebral (AVC) criptogênico e a presença de Forame Oval Patente (FOP) tem despertado particular interesse, baseada em estudos recentes que demonstraram que a oclusão transcateter do FOP reduziu a incidência de AVC criptogênico, quando comparado ao tratamento medicamentoso.1 Trombos atravessando o forame oval podem ser observados em exames ecocardiográficos e em autópsias, confirmando esse mecanismo como responsável pela embolia paradoxal, ou seja, um trombo venoso passando para a circulação arterial por um shunt direita-esquerda. Entretanto, essa visualização ecocardiográfica é rara e existem poucos estudos publicados2,3 (Figura 1). Alguns estudos clínicos demonstram a propensão do FOP ser o responsável pela embolia paradoxal. Pacientes portadores de diabetes, hipertensão arterial sistêmica e doença arterial coronária têm baixa prevalência para o FOP ser o responsável pela embolia paradoxal. Por outro lado, história de trombose venosa profunda, embolia pulmonar, hipertensão pulmonar, viagens prolongadas, manobra de Valsalva precedendo o início de sintomas de AVC, enxaqueca e apneia do sono tem sido descrita como fatores de risco independentes para a associação entre FOP e eventos cerebrovasculares.4 Mesmo sendo pouco frequente a visualização de trombos em forame oval, a observação epidemiológica nos leva a acreditar que o FOP é o responsável por um número considerável de acidentes vasculares cerebrais.5 A prevalência de FOP em um estudo com autópsia em 965 corações normais é de 27%, com similar distribuição entre homens e mulheres. Essa prevalência declina com a idade, sendo de 34% em menores de 30 anos, 25% entre 30 e 80 anos e 20% em maiores de 80 anos.6 Em pacientes com AVC criptogênico, entretanto, a prevalência é particularmente elevada, chegando a 40% em pacientes com idade inferior a 55 anos.7 É importante ressaltar que a presença de FOP em pacientes com AVC criptogênico não é a única etiologia para o embolismo paradoxal. Outros mecanismos podem ser responsáveis, como fibrilação atrial não detectada, tumores cardíacos (mixoma e fibroeslastomas), presença de contraste ecocardiográfico espontâneo em átrio esquerdo, valvopatia mitral reumática, calcificação do anel valvar mitral, próteses cardíacas biológicas e mecânicas, estados de hipercoagulabilidade e ateroma de aorta ascendente.8 O estudo ecocardiográfico é parte da rotina na avaliação do FOP, principalmente o Ecocardiograma Transesofágico (ETE) com utilização de solução salina agitada (macrobolhas). Considera-se um shunt pequeno quando passam de três a dez bolhas, médio de dez a 30 bolhas e grande se mais de 30 bolhas contadas nos primeiros batimentos após a injeção.9 Além da detecção do shunt, o ETE avalia as características anatômicas do FOP, assim como o diagnóstico diferencial com a comunicação interatrial e com o shunt pulmonar.10,11 Trabalhos comparando o ETE utilizando macrobolhas com os achados de autópsia mostram sensibilidade de 89% e especificidade de 92%, sendo que a autópsia é considerada padrão-ouro.12(AU)


Asunto(s)
Humanos , Adolescente , Anciano , Accidente Cerebrovascular/complicaciones , Accidente Cerebrovascular/diagnóstico por imagen , Foramen Oval Permeable/etiología , Foramen Oval Permeable/patología , Ecocardiografía , Embolia Paradójica/complicaciones
4.
Rev. bras. ter. intensiva ; 31(2): 262-265, abr.-jun. 2019. graf
Artículo en Portugués | LILACS | ID: biblio-1013780

RESUMEN

RESUMO O traumatismo cardíaco é comum em acidentes com veículos automotores. Uma mulher com 50 anos de idade foi transportada para nosso hospital após sofrer múltiplos traumatismos em um acidente de automóvel quando dirigia em alta velocidade. Após admissão à unidade de terapia intensiva, uma ultrassonografia cardíaca revelou ruptura traumática de músculo papilar da valva tricúspide e forame oval patente, enquanto se observou, no exame físico, o sinal de Lancisi. Foi realizado tratamento cirúrgico com anuloplastia da valva e fechamento do forame oval patente; durante o ato cirúrgico, diagnosticou-se ruptura oculta do átrio direito.


ABSTRACT Cardiac trauma often occurs in motor vehicle accidents. A 50-year-old female driver was transported to our hospital with multiple trauma after a high-speed car accident. After admission to the intensive care unit, cardiac ultrasound examination revealed traumatic tricuspid valve papillary muscle rupture and patent foramen ovale, while Lancisi's sign was noted on physical examination. Surgical treatment was performed with valve annuloplasty and closure of the patent foramen ovale and a covert right atrial defect that was detected intraoperatively.


Asunto(s)
Humanos , Femenino , Músculos Papilares/lesiones , Válvula Tricúspide/lesiones , Foramen Oval Permeable/etiología , Atrios Cardíacos/cirugía , Músculos Papilares/cirugía , Válvula Tricúspide/cirugía , Accidentes de Tránsito , Foramen Oval Permeable/cirugía , Foramen Oval Permeable/diagnóstico , Anuloplastia de la Válvula Cardíaca/métodos , Atrios Cardíacos/lesiones , Lesiones Cardíacas/cirugía , Lesiones Cardíacas/diagnóstico , Lesiones Cardíacas/etiología , Persona de Mediana Edad
5.
J. bras. med ; 99(1): 42-47, mar.-maio 2011.
Artículo en Portugués | LILACS | ID: lil-597344

RESUMEN

O forame oval permite, durante o período fetal, a passagem de sangue oxigenado oriundo da placenta para o átrio direito, possibilitando oxigenação adequada do cérebro e do coração. Após o nascimento, com o início da respiração e com a desconexão da placenta, há um aumento da pressão do lado esquerdo e uma diminuição do lado direito do coração, empurrando a lâmina do forame oval para a direita, o que ocasiona o seu fechamento funcional. Entretanto, em aproximadamente 25% da população ele pode permanecer patente. Sua relação com o acidente vascular isquêmico e com enxaqueca com aura tem sido sugerida em várias publicações. Na presença de acidente vascular isquêmico idiopático, tem sido sugerido por vários autores o fechamento percutâneo do forame oval patente (FOP), quando comprovada a existência de shunt da direita para a esquerda, espontaneamente ou com manobra de Valsalva. Contudo, hã necessidade de maior tempo de observação para avaliar a sua superioridade em relação ao tratamento clínico.


Foramen ovale allows the passage, during the fetal period, of oxygenated blood coming from the placenta to the right atrium, supplying adequate oxygenation for brain and heart. After birth, with onset of breathing and disconnection of the placenta, there are an increased pressure on the left side ofthe heart and a decreasing in its right side pushing the blade of the foramen ovale to the right, causing its functional closure. However, the patent foramen ovale (PFO) occurs in approximately 25% of the population. The relationship between cryptogenic stroke, migraine with aura and PFO has been suggestedin several publications. In the presence of cryptogenic stroke, percutaneous closure of PFO, when shown the existente of a shunt from right to left spontaneously or with the Valsalva maneuver, has been suggested by several authors. However, there is need of more observation time to assess its superiority over medica1 treatment.


Asunto(s)
Humanos , Masculino , Femenino , Accidente Cerebrovascular/etiología , Foramen Oval Permeable/complicaciones , Foramen Oval Permeable/diagnóstico , Foramen Oval Permeable/etiología , Foramen Oval Permeable/fisiopatología , Trastornos Migrañosos/etiología , Trastornos Migrañosos/fisiopatología , Defectos del Tabique Interatrial/complicaciones , Ecocardiografía , Factores de Riesgo , Tabiques Cardíacos/embriología , Ultrasonografía Doppler Transcraneal
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